Resultados inválidos?
Atualizado: 19 de jan. de 2023
Sabia que o fracasso é a porta de entrada para o sucesso? Acredite que sim. A maioria dos avanços tecnológicos resultou inicialmente de erros. Mesmo experimentos científicos bem executados e com uma hipótese clara produzem resultados inconclusivos ou negativos. No entanto, o mundo acadêmico se acostumou a celebrar apenas as descobertas positivas.
Publicar resultados negativos tem altos custos em comparação com os resultados potencialmente positivos. Os custos incluem gastos com taxas de publicação, esforços na redação do manuscrito e o tempo necessário para fazê-lo! Outra barreira que impede os pesquisadores de publicar resultados negativos é a noção comum de que estudos negativos podem implicar em falta de rigor.
Pode não ser falta de rigor... Talvez o pesquisador tenha tentado fazer alguma pesquisa muito inédita ou difícil e vieram resultados negativos. Na verdade, avaliar as descobertas negativas poderia encorajar os pesquisadores a mergulhar em pesquisas ainda não exploradas e não repetir o que já deu errado.
Por que os pesquisadores obtêm resultados negativos ou nulos?
Existem três razões importantes pelas quais os pesquisadores costumam obter resultados negativos ou sem resposta entre tratamentos experimentais.
A hipótese original era imprecisa e baseada em suposições falsas e incorretas. Veja aqui sobre hipóteses de pesquisa.
Os erros técnicos podem incluir a escolha de uma coleta de dados mal organizada, o uso de reagentes inadequados ou o uso de métodos estatísticos não adequados.
O pesquisador não foi capaz de confirmar os resultados obtidos em artigos publicados anteriormente ou que era uma continuação de trabalhos já publicados.
Implicações
Os resultados negativos ou nulos que surgem devido aos dois primeiros motivos acima não se qualificam para publicação. Normalmente, quando os cientistas identificam erros na geração de hipóteses ou na coleta de dados ruins, os experimentos devem ser encerrados prematuramente.
Assim, os resultados negativos publicáveis incluem aqueles achados que não confirmam os resultados publicados anteriormente. E publicar em periódicos bons também permite que outros cientistas aprendam e acabem repetindo experimentos que podem potencialmente levar ao fracasso. Posteriormente, isso também evitará o desperdício desnecessário de fundos e atrasos no progresso científico.
Se você ainda está na fase inicial de coleta de dados de sua tese ou trabalho de pesquisa e está incerta em como coletar os dados, procure uma assessoria científica. É diferente de um estatístico que pode ajudar a planejar o desenho experimental, numero de amostras a coletar ou quantas amostras precisam ser repetidas. A assessoria científica, nesse caso, pode ajudar a coletar dados biologicamente e cientificamente válidos utilizando uma metodologia de coleta de dados com qualidade para a pergunta científica que você possui em mente. Isso evita as variáveis que confundem a coleta de dados. Faça antes de começar a coletar seus dados.
Exemplo: você precisa coletar dados de pacientes com uma doença qualquer. Para comparar entre indivíduos voce precisa prestar atenção ao horário de coleta, estado alimentar de cada um ou até mesmo as condições fisiológicas iniciais de cada para evitar erros que se propagam mais pra frente na coleta dos dados. E você pode invalidar todos os seus resultados depois dos dados já coletados... O tal da causa-efeito em experimentos, por exemplo. Algumas variáveis foram esquecidas na coleta de dados e estragaram todos os resultados obtidos.
Vale a pena se prevenir contra isso!
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